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ADAPTAÇÃO CURRICULAR

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 31 de ago. de 2019
  • 3 min de leitura

As adaptações curriculares são estratégias que devem ser pensadas de maneira individual para cada aluno, a fim de que ele consiga superar as dificuldades apresentadas com o apoio de um conteúdo flexível. A adaptação curricular é amparada por lei e por isso é um direito de todo e qualquer aluno, seja ele da rede pública ou privada de ensino.


AMPARO LEGAL


Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13146/2015)

Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/1996)


Um currículo que leve em conta a diversidade deve ser, antes de tudo, flexível, e passível de adaptações, sem perda de conteúdo. Deve ser desenhado tendo como objetivo geral a “redução de barreiras atitudinais e conceituais”, e se pautar em uma “resignificação do processo de aprendizagem na sua relação com o desenvolvimento humano”. (Oliveira & Machado apud, GLAT, 2007).


Adaptação curricular é uma proposta para que o aluno com alguma dificuldade para acompanhar a turma seja inserido no conteúdo de maneira adequada, respeitando o seu tempo e suas limitações. A proposta de adaptação não implica em um novo currículo, mas sim na flexibilização daquilo já está sendo proposto. Na prática, adaptar um conteúdo é: Mudar inferências; Melhorar a qualidade das imagens; Diminuir o tamanho de alguns textos; Mudar o modo de questionar; diminuir a necessidade de abstrações por parte do aluno; substituir a linguagem figurativa por um vocabulário prático; Dar preferência para o uso do concreto; Mudar a fonte ou a cor da fonte que está sendo usada.


Tudo isso está ao alcance de qualquer profissional que se propõe a fazer parte do processo de aprendizagem de uma criança e dependem muito mais da boa vontade do que das condições estruturais das instituições. Essas adaptações, muitas vezes, podem ser feitas a mão mesmo, ou oralmente mudando a maneira de cobrar determinados conteúdos.


As adaptações curriculares podem ser classificadas como:

· Significativas – de grande porte

Mudança de estrutura física. Provas e avaliações em formatos diferentes.

· Não significativas – de pequeno porte


Troca de inferências. Imagens mais nítidas e coloridas. Textos menores. Uso maior do concreto. Ampliação. Uso de um tipo único de letra.


Mas é importante chamar a atenção para um ponto crucial.


“A proposta de adaptação e a efetivação da mesma, não é o suficiente para que possamos dizer que a escola em que o aluno está inserido é uma escola Inclusiva”.


É preciso mais do que simplesmente aplicar a lei. É necessário envolvimento da escola, dos professores, dos demais alunos. É preciso sensibilidade para perceber que as necessidades nem sempre são estritamente pedagógicas. É preciso interesse e desejo de promover mudanças reais.


Importante também é dizer que essas adaptações muitas vezes podem e devem ser feitas em casa, no dia a dia da criança. Mudar a maneira de perguntar, inserir palavras novas, modelos novos, diminuir uma atividade que seja grande demais, mudar a cor ou tipo de fonte para que fique mais claro. Substituir textos por imagens para tornar o conteúdo mais concreto possível... Tudo isso é possível e está ao alcance de todos.


A Educação Inclusiva, entendida sob a dimensão curricular, significa que o aluno com necessidades especiais deve fazer parte da classe regular, aprendendo as mesmas coisas que os outros – mesmo que de modos diferentes – cabendo ao professor fazer as necessárias adaptações (UNESCO, s/d).


Como sempre digo, a inclusão é um trabalho realizado a muitas mãos.



Referencias bibliográficas

www.portaldaeducacao.com.br - acesso em 19/06/2019

www.portal.mec.br – acesso em 13/06/2019




Imagem retirada de pesquisa da internet.


Tatiane Teixeira Alves é Socióloga, formada pela Universidade Católica de Minas Gerais. Pós graduada em Psicopedagogia Clínica, Educação Inclusiva e comunicação Assistiva pela Universidade Cândido Mendes . Sócia fundadora da Assistiva – Acompanhamento Educacional especializado que oferece o apoio pedagógico para pessoas com necessidades educacionais específicas, sob a premissa de que “Se uma criança não consegue aprender da maneira que está sendo ensinada, é preciso mudar o método de ensino para que ela aprenda”.

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