DIÁLOGO ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.
- Tendência Inclusiva
- 14 de set. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de fev. de 2019
Quando o assunto é escola e aprendizagem, uma grande discussão se instala:
Qual o limite entre o papel da família e da escola no processo de formação pedagógica, social, cultural e humana na vida da criança?
É uma discussão tão acirrada que, de tempos em tempos, aparecem os salvadores da pátria com fórmulas mágicas para defender que “Quem educa é a família” ou “Quem educa é a escola”. E você, o que pensa sobre o assunto? Vamos tratar aqui de algo tão importante para a vida quanto o ar que respiramos, é o chamado BOM SENSO. (Forma sensata e equilibrada de decidir e julgar; razoabilidade, prudência.)
De acordo com o Bom Senso, a escola poderia perceber um comportamento inadequado e não intervir porque esse é o papel da família?
Poderia a família vivenciar o dia a dia da criança e perceber inadequações no comportamento, nas atitudes e ações e entregar para a escola toda a responsabilidade?
Ora, a resposta não é simples e nos exige pensar: O que é bom, o que é razoável, o que é correto fazer para que o desenvolvimento da criança seja o mais adequado possível? É nesse momento que o bom senso deve prevalecer e orientar todas as ações.
Enquanto a escola e a família se enfrentam em um cabo de guerra, existe uma criança no meio de tudo sofrendo interferências diretas que o afetam na aprendizagem, na formação do caráter, na aquisição das habilidades sociais e, principalmente, no seu desenvolvimento psicológico/emocional. É importante pensar naquilo que prioriza o bem estar da criança e, por isso, as ações devem ser efetivamente direcionadas para um desenvolvimento baseado “No que deve ser feito” tendo como base o BOM SENSO, as regras de moral, bons costumes, bons hábitos de socialização.
Para reflexão, vale pensar que, desde o nascimento, a família é a maior responsável pelo desenvolvimento das relações afetivas saudáveis, regras morais e na formação da personalidade da criança, a família é a maior das influências durante a primeira infância. A escola faz parte de um mundo novo, o qual a criança passa a ter contato logo quando é inserido nele. Se antes as referências eram somente os pais e pessoas mais próximas, agora, novas referências se estabelecem e a formação do caráter e da personalidade passa a ser uma tarefa compartilhada. Não existe papel da escola ou papel da família quando cada um sabe da sua importância. Os limites são estabelecidos diariamente de acordo com as necessidades. Nesse sentido, é fundamental o diálogo entre escola e família, instituições diferentes, mas que caminham juntos (deveriam) no desenvolvimento de qualquer indivíduo. Vale observar o que ocorre quando essa relação não está bem resolvida. Estudos apontam para piora no rendimento escolar dos alunos que não possuem uma estrutura familiar organizada e que não caminha junto com a escola. Os limites estabelecidos em casa precisam ser reforçados na escola, do mesmo modo que os hábitos, limites e organizações desenvolvidos na escola precisam ser repetidos e cobrados em casa. Não há como pensar no desenvolvimento humano de maneira isolada, é fundamental que as estruturas de referência caminhem juntas e falem a mesma língua.
Pensa diferente sobre o assunto? Fale com a gente. Mande e-mail para assistiva.acompanha@gmail.com Acesse nossa página: assistiva.acompanha
Referências: novaescola.org.br/conteudo/1595/o-essencial-mesmo

Imagem retirada de pesquisa da internet.

Tatiane Teixeira Alves é Socióloga, formada pela Universidade Católica de Minas Gerais. Pós graduada em Psicopedagogia Clínica, Educação Inclusiva e comunicação Assistiva pela Universidade Cândido Mendes . Sócia fundadora da Assistiva – Acompanhamento Educacional especializado que oferece o apoio pedagógico para pessoas com necessidades educacionais específicas, sob a premissa de que “Se uma criança não consegue aprender da maneira que está sendo ensinada, é preciso mudar o método de ensino para que ela aprenda”.
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