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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 23 de fev. de 2016
  • 3 min de leitura

“Educação Especial incorpora os mais do que comprovados princípios de uma forte pedagogia da qual todas as crianças possam se beneficiar. Ela assume que as diferenças humanas são normais e que, em consonância com a aprendizagem de ser adaptada às necessidades da criança, ao invés de se adaptar a criança às assunções pré-concebidas a respeito do ritmo e da natureza do processo de aprendizagem. Uma pedagogia centrada na criança é beneficial a todos os estudantes e, consequentemente, à sociedade como um todo. “ (Declaração de Salamanca: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais, in: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf , 1994, pg. 3).

Podemos considerar este parágrafo como um dos princípios para entendermos sobre o processo de ensino-aprendizado inclusivo que, na realidade, é para todos. Informa sobre a educação centrada na pessoa, que nada mais é do que verificar os potenciais que o aluno tem, conforme a sua natureza, sua vontade e os estímulos que obteve até o momento. A pessoa pode ser estimulada a construir junto com o seu grupo este processo.

Nas últimas edições, alguns leitores me perguntaram sobre como dar aulas de música para pessoas surdas.

Caros, do mesmo modo pergunto: quantas e quantas vezes tivemos oportunidades na vida, mas deixamos de investir em nós mesmos, porque não acreditamos no nosso próprio potencial e já nos consideramos como incapazes devido o que está pré-concebido na sociedade?

Um exemplo que trago é a Banda Surdodum, de Brasília.


Grupo formado por ouvintes e por pessoas com deficiência auditiva. Pergunto: como aprenderam a tocar, a cantar? Será que eles têm mais ‘gingado’ e criatividade para a música do que muitas pessoas ouvintes? Ou seja, cada um deles tiveram um potencial e vontade, só precisaram de pessoas que acreditaram neles e ensinaram a música de modo diferenciado.

Vou contar um segredo: eu mesma tenho uma limitação de memória e raciocínio lógico-espacial para ir a locais nos quais eu não conheço. Só percebi aos meus 30 anos de idade, mas nem por isso deixei de cumprir com meus trabalhos nas diversas regiões, como dirigir sozinha para Sorocaba, Bragança Paulista, Campinas, Mauá, Jundiaí, ABC Paulista, Eldorado, Vale do Ribeira. Ir para o Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Argentina, Paraguai, Uruguai. Sim, mesmo com limitações, temos estratégias de como lidar com os nossos próprios desafios. Tudo é um aprendizado.

Assim como quantas e quantas pessoas desistem de aprender a lidar com a informática básica, porque se consideram incapazes de aprender a lidar com este instrumento? Assim como dançar, a cozinhar, nadar, etc, etc, etc... Mas acreditem: se quiserem aprender, tudo é possível! (eu e meus parceiros de trabalho tivemos muitos alunos com deficiência intelectual, que não sabiam ler e escrever, mas aprenderam com muita rapidez e competência a montar apresentações em Power Point, gráficos, planilhas, vídeos, etc... )

Deixamos aqui uma dica de princípios básicos para a área de Educação Inclusiva (Treinamento & Desenvolvimento, Educação Corporativa e Escolas):

  • Verificar qual a vontade do aluno ou profissional (o que a pessoa gosta de fazer e qual o objetivo dele(a) para o seu futuro?);

  • Quais itens são necessários para aprimorar o desenvolvimento dele(a), unindo com a realidade e a sociedade no qual ele(a) está inserido(a);

  • Família: no momento interfere no desenvolvimento e na vida da pessoa? Quais as suas expectativas? Se for necessário, há a sugestão de fazer um trabalho com a família, como por exemplo, com Psicólogos;

  • E o local e equipe de trabalho, como estão? Acreditam na superação de limites e no desenvolvimento do potencial da pessoa? A equipe tem qualificações para isso? Caso seja necessário, atuar com a educação corporativa para isso.

Para qualquer dúvida ou sugestões, estamos à disposição.

Até a próxima!

Luciane Kadomoto

Revisão: Sílvio Carvalho


imagem retirada da internet

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