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IMPLANTAÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NAS EMPRESAS

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 25 de jul. de 2015
  • 4 min de leitura

Alguns profissionais consideram o termo “Educação Inclusiva” estranha para as empresas, porque se fala mais em educação para escola. Já escutei a seguinte frase: “Olha só Luciane, contratamos pessoas e ainda precisamos ensiná-las e educa-las, porque não sabem fazer o trabalho de modo assertivo”.

A minha resposta foi a seguinte: “Sim, o processo de ensino-aprendizagem acontece para até o fim de nossos dias e, por isso, as grandes empresas investem em Educação Corporativa, seja para o ‘Coaching’, seja para Treinamentos & Desenvolvimento, seja para terem grandes líderes, seja para a Educação Inclusiva.”

Será que quando saímos da faculdade, aprendemos tudo o que precisamos para a prática do dia-a-dia profissional, de um cargo ou de uma função específica?

Cada empresa funciona de um modo diferente, têm os valores, cultura e missão diversas uma a outra e, por isso, sempre estamos aprendendo.

Mesmo que um profissional esteja décadas na mesma função, muitas questões mudam, como legislações, movimentos sindicais, economia, mercado, entre outras. Ou seja, sempre estamos em movimento de aprendizado e saindo da ‘zona de conforto’, mudando os nossos esquemas de como lidar com cada situação.

Por isso a Educação Corporativa é considerada importante, porque lida diretamente de como atuar com os processos de mudanças e como implantar melhorias para o aprimoramento e desenvolvimento do todo, sendo uma delas, a Educação Inclusiva.

Muitos perguntam: “E agora, como fazer a inclusão na empresa? Como cumprir a ‘Lei de Cotas 8123/91’?”

Além de pensar somente em números e o receio em multas fiscais, proponho pensar e agir de modo qualitativo.

A Educação Inclusiva começa desde quando se faz os questionamentos acima e há a busca de ajuda de como fazer. Então vamos lá para algumas sugestões:

- O primeiro passo é sentir e saber sobre a cultura organizacional, missão e os valores da empresa;

- Depois é importante saber se há ‘barreiras atitudinais’ nos profissionais para a inclusão de Pessoas com Deficiência. Um dos indicadores é saber se cada um está aberto e flexível para perceber e aceitar a sua própria diversidade e unicidade da pessoa que é (ou seja, se sabe dos seus próprios limites, potenciais e os pontos a melhorar) sabe que um ser humano nunca é perfeito e nunca saberá de tudo, mas que pode aprender dentro do seu tempo e limite com uma Educação Corporativa. Tendo consciência dos próprios limites de si, já é um grande passo para entender, aceitar a diversidade e aprender a lidar com naturalidade, sem superproteger e sem excluir a outra. Mas se a pessoa informa que tem consciência de si e ainda lida com estranheza a diversidade alheia, este é um dos indícios que há a barreira atitudinal.

- Se existem barreiras atitudinais, é importante o investimento em uma Educação Inclusiva, com profissionais experientes, dedicados e estudados para isso. Busque ajuda, não faça somente pela intuição. Não arrisque o seu marketing profissional. Atualmente são poucos os que investem em adquirir aprendizado com aqueles que realmente fazem de modo qualitativo, assegurando um resultado eficaz e de bem-estar para todos. Alguns só querem preencher os números da cota para não pagar multas, podendo mais excluir e estigmatizar a pessoa.

- A Educação Inclusiva pode acontecer de vários modos, como aplicar workshops e cursos para todos da empresa, preparando para a mudança internas de cada um, como a mudança de valores e significado sobre a inclusão, diversidade e acessibilidade (e ‘Desenho Universal’).

- Depois é importante que o currículo e o objetivo profissional da pessoa sejam compatíveis com a vaga. Infelizmente há muitos profissionais com deficiência que têm competências, experiências e alta escolaridade, mas que não são aceitos para competir vagas de alto escalão ou não conseguem recolocação no mercado de trabalho para a seu desenvolvimento e evolução profissional.

- É importante um acompanhamento, seja para os profissionais com deficiência ou não, com o objetivo de verificar quais os pontos necessários para um treinamento, educação corporativa, ou uma ação, como do corpo de coordenação, supervisão, gerencial, diretivo ou presidencial. Alguns instrumentos utilizados são: Avaliação de Desempenho, Avaliação 360º, Avaliação de Reação, Avaliação de Competências (também é importante o uso de questionários com perguntas abertas ou semiabertas e não somente fechadas), reuniões periódicas para ‘bate-papo’ sobre a inclusão e acessibilidade envolvendo as pessoas em questão, com o objetivo de aprimoramento e não exclusão, com o olhar ensino-aprendizado juntos.

- Frequentemente faça exercícios com questionamentos para a empresa e para si mesmo: as relações, Treinamento & Desenvolvimento, as oportunidades de recrutamentos, eventos, entre outros estão de modo igualitário, com oportunidade para que todos possam participar, seja para a Pessoa com Deficiência ou não? Se a resposta é não, faça uma ação.

Mudando o olhar para a igualdade, considerando a diversidade como algo natural e comum, torna a empresa mais Humanizada, alterando os relacionamentos para o bem-estar e saúde de todos os envolvidos, transformando em um ambiente mais agradável, sustentável, potencializando os resultados finais, desde a produção até os relacionamentos com os clientes, podendo aumentar a rentabilidade a empresa. Pense nisso!


imagem retirada da internet

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