REAL, PESSOAL OU VIRTUAL?
- Tendência Inclusiva
- 13 de mar. de 2018
- 3 min de leitura
Você já deve ter reparado, lido, ouvido e até comentado a respeito do quanto à tecnologia está cada vez mais ao alcance de todos.
Ninguém questiona o quanto isso é importante para o desenvolvimento e a inovação, ou mesmo o quanto favorece nossas ações mais simples e rotineiras, mas até que ponto isso afeta nossas relações com o mundo?
Tem sido cada vez mais comum, principalmente no Brasil, reconhecidamente com um dos países que mais navega em redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas, ver pessoas, independente de idade, orientação sexual e visões de mundo completamente diferentes, conectadas a qualquer hora e em qualquer lugar.
Olhe ao redor. Você consegue contar quantas pessoas por dia estão o tempo todo à disposição do smartphone?
Não estamos tratando aqui de um julgamento, ou mesmo uma crítica a quem age desta forma, porém, o uso indiscriminado da tecnologia pode, muitas vezes, tornar-se um vilão.
Segundo pesquisa do site americano CareerBuilder, mais de 55% dos líderes de empresas consideram que o uso do celular e as mensagens pessoais recebidas durante o horário de trabalho são um dos principais inimigos da produtividade.
O estudo ainda destaca que cerca de 83% dos trabalhadores têm smartphone e 82% ficam de olho no aparelho durante o trabalho.
Apesar disso, apenas 10% das pessoas com smartphone dizem que ele está diminuindo sua produtividade no trabalho, e 2 em cada 3 (66%) dizem que o utilizam várias vezes ao dia, mesmo enquanto trabalham.
Pode parecer algo totalmente controlável, afinal a cada dia torna-se mais e mais comum que nossa rede de relacionamento profissional utilize aplicativos de mensagem instantânea para agilizar processos de trabalho, mas nem sempre é assim.
Sabe aquele sinal sonoro que você ouve quando está concentrado? Ou aquele momento em que você responde a uma mensagem de trabalho e percebe que tem várias outras nem tão profissionais assim? – Pois é. A tentação é grande.
Se levarmos este tema para a via pessoal ele se torna ainda mais alarmante.
De acordo com o Instituto de Tecnologia de Washington a cada 17 minutos em função da tecnologia , o usuário deixa de estar presencialmente com as pessoas 18 dias por ano.
Ainda segundo o Instituto, para cada hora gasta em redes sociais, em média 16 minutos de trabalho ou interação presencial são perdidos, o que ao final de um significa exatos 8 dias dedicados exclusivamente à interação com o chamado mundo virtual.
Não se pode simplesmente esquecer que naturalmente, sem que a gente perceba, este se torna um ponto de transição das relações humanas.
Por isso, sempre que a tentação surgir, no trabalho, em casa ou em qualquer tipo de interação virtual é preciso ter em mente que por mais que a tecnologia seja sedutora, facilite a nossa rotina e nos torne inclusive mais globalizados, ela não substitui um toque, um beijo, um abraço, ou um afago.
Pense nisso!


Rodrigo Anunciato é Bacharel em Comunicação Social. Master of Business Administration em Recursos Humanos. Gerente de Soluções e Projetos da área de Gestão & Talentos da GS&MD-Ebeltoft Brasil. Atualmente é responsável pela gestão de soluções, condução de ações de desenvolvimento de metodologias, conteúdos e gestão de projetos para o setor de varejo e internacional. Há mais de 10 anos no setor de recursos humanos sendo os últimos 6 anos na GS&MD-Gouvêa de Souza.
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