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POR QUÊ E COMO CONTRATAR UM PROFISSIONAL COM DEFICIÊNCIA?

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 3 de abr. de 2019
  • 4 min de leitura

Atualizado: 5 de abr. de 2019



Contratar um Profissional com Deficiência para a sua empresa possui aspectos relevantes que podem transformar seu ambiente empresarial. Muito embora o despertar da contratação de um profissional com deficiência, venha de maneira obrigatória (Lei de Cotas - número 8.213 de 24 de Julho de 1991), um sábio empresário, mesmo com o tempo, vai conseguir enxergar muitos benefícios nessa inclusão e expansão de troca de saberes.


É importante analisarmos esse assunto tão delicado, de forma ampla, sem deixar de considerar a visão do empregador que certamente encontra suas dificuldades na contratação, desenvolvimento e até mesmo manutenção da pessoa com deficiência. Contudo, fiz questão de usar o termo Profissional com Deficiência, para que fique evidente que estamos falando de pessoas, que exercem suas funções como qualquer outra, desde que essas sejam amparadas por equidade.


Acessibilidade é investimento e não custo


A meu ver, acessibilidade já deveria fazer parte de um passado triste, daqueles que você conta para o seu filho: acredita que já foi dessa forma...


Alguém duvida que perguntar e estudar sobre algo que você não conhece é o ideal?


Quando contratar um Profissional Deficiente, converse com ele, pergunte o que você pode ajudar para que ele exerça sua função de forma plena, tenha "feeling" não só para os negócios. Troque as escadas por rampa, o custo pode até ser menor; amplie a passagem nas portas, aquele empresário que vai fechar negócio com você pode ser obeso e até mesmo deficiente; converse com sua área da tecnologia da informação e deixe o ambiente digital acessível para os deficientes visuais e auditivos; priorize para que as necessidades básicas do PCD sejam realizadas sem impedimento: banheiro, alimentação, higiene, ferramenta de trabalho, mobiliário e outros.


“Se o lugar não permitir o acesso a todas as pessoas, esse lugar é deficiente” Thais Frota.





Representatividade


Na perspectiva de incluir, do aceite a um ambiente nunca visto, seja ele no mercado de trabalho ou mesmo na sociedade, tenha em sua empresa um profissional com deficiência participativo para começar os trabalhos de atração de talentos, aceite as orientações e dicas de como conquistar a confiança e compreensão do funcionário contratado.


“Lembre-se, deficiente é uma pessoa comum, com suas limitações, com sua capacidade, com seu conhecimento e cultura. Você precisa apenas, falar inglês para o americano, português para o brasileiro”. Emerson Thiersch


Você concorda que, frequentar um ambiente onde só há loiros, de olhos verdes e de classe alta pode ser tornar um ambiente estranho para você que não tem esse padrão? Você se sente à vontade, em falar de opção sexual com seu vizinho homofóbico?


Representatividade! Essa é a dica.


Se possível, coloque uma pessoa com deficiência como parte integrante do processo seletivo, mesmo que essa pessoa não tenha formação em RH, você precisa mais de um conhecedor da causa do que um recrutador. Acredite, já trabalhei com isso e, diminui o Turnover em 50% no período de 1,5 ano. Os novos recrutados, falavam da empresa como da primeira namorada.


Escolha, preferencialmente, uma pessoa com uma deficiência visível, para que a pessoa a ser incluída, se sinta à vontade de conversar, expor limitações que muitas vezes são estereotipadas e até mesmo possam gerar preconceito da equipe. Se fizer isso, já tem meio caminho conquistado!


Pode cobrar! Sem Capacitismo!


Não vou falar aqui da capacidade e qualificação técnica que o deficiente tem, escrevi um texto que foca melhor nisso, seria bom você ler se tem alguma dúvida: Da universidade ao mercado de trabalho.


A Pessoa com Deficiência, quando empregada, sabe que não está em uma colônia de férias ou tão menos está participando de um projeto assistencialista. Na verdade, a última coisa que ela quer perceber, é que está sendo vista como a carta branca, o cotista que não se cobra!


Você deu equidade? Tratou o PCD com respeito a suas necessidades? Educou toda a equipe para que não haja preconceitos e comentários estúpidos? Então, pode cobrar, por favor!

Cobre, coloque metas, exija resultado! Alinhe expectativas, é conhecedor que o trabalho dignifica o homem.


É ululante mas necessário, a pessoa com deficiência tem sonhos, ambições. Ela quer construir uma família. Sim deficiente pode ter filhos! Mas, tenha certeza, o deficiente é ou se tornou sensível para com as minorias, pobreza e fome é indigesto. O PCD não vai colocar um filho no mundo para ter dificuldades, então, ajude-o a ser reconhecido pelo o trabalho prestado, faça a economia girar, deficiente também é consumidor!


Você quer dados para se convencer?


Para quem gosta de dados para a tomada de decisão: no mundo, segundo a UNESCO, mais de um Bilhão de pessoas são consideradas com algum tipo de deficiência, destas, 93 milhões são crianças. No Brasil, são 45,6 milhões, 24% por cento de nossa população total.


Imagine, há grande chance de você estar negociando aquele contrato milionário com um diretor de uma multinacional que, também é pai de uma dessas 93 milhões de crianças com deficiência e, se o filho dele já relatou que sua empresa não possui acessibilidade, como ele avaliaria sua responsabilidade social?


Boa contratação!



Emerson Faustino


Emerson Thiersch Faustino trabalha com Marketing Digital, Inbound Marketing, Bacharel em Comunicação Social (PUC/MG), Pós Graduação em Business and Marketing (TAFE/SA). Apoia e participa de organizações sem fins Lucrativos que tenham como objetivo a verdadeira inclusão da pessoa com deficiência.

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