CASAMENTO DE ADRIANA BUZELIN DESAFIA PRECONCEITOS
- Tendência Inclusiva
- 4 de fev. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de fev. de 2019
Adriana, que é mulher cadeirante e foi candidata a vice-governadora, casou-se sábado, 10 de novembro, em Nova Lima (MG).
O casamento é uma celebração da vida e do amor. E não podia ser diferente para a relações públicas Adriana Buzelin, 50, que casou-se com Kleber Bertholdo, 52, em uma bela cerimônia ao ar livre, em condomínio em Nova Lima (MG). Mais que um casamento, o evento representou uma nova conquista na luta pelo empoderamento das mulheres com deficiência.

Do penteado à cadeira de rodas, nenhum detalhe passou despercebido pelo olhar atencioso da noiva Adriana. O cabelo ficou por conta da sua fiel hair stylist Carmen Amélia e contou com belíssimos fios de crochê com cristais da Audaz Noivas. A maquiagem foi trabalho da experiente maquiadora Rejane Soilho. O vestido foi feito à mão pelo designer Lu Henriques, que focou na moda inclusiva para adaptá-lo à realidade de Adriana. A cadeira também foi customizada e as rodas se tornaram filtro dos sonhos nas mãos do artista, que faz peças únicas em seu ateliê.
Em 1991, Adriana sofreu um acidente de carro que mudou sua vida. Na época, ela tinha 23 anos, cursava o ensino superior e era modelo profissional. Depois do choque, veio a luta pela superação. Juntos há 10 anos, Adriana e Kleber se conheceram antes do incidente. “Decidimos nos casar, provando que o amor não tem limites nem preconceito. Que a beleza da vida é acreditar em sonhos e ousar ser feliz”, declara. Desde o acidente, Adriana Buzelin trabalha incansavelmente pelos direitos das pessoas com deficiência. Neste ano, foi candidata a vice-governadora pelo Partido Verde (PV) na chapa com o então presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes, que também esteve presente na cerimônia. Ela é ainda Secretária Estadual da Mulher do PV em Minas Gerais. Adriana Buzelin é prova viva de que a deficiência não impede que a mulher forme uma família. “Toda mulher tem a liberdade de expressar seus direitos sexuais, reprodutivos e civis, como casar e ter filhos. Muita gente acredita que uma cadeirante não pode casar, trabalhar e ocupar determinada posição na sociedade. A barreira só existe com a falta de acessibilidade dos espaços, serviços e também do olhar de nossos gestores e da sociedade”, explica.
Texto: Alex Vilaça
Fotos: Rodrigo Duarte
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