A IMPORTÂNCIA DOS PAIS NO ESTÍMULO DA FALA E DA LINGUAGEM DO BEBÊ COM SÍNDROME DE DOWN.
- Tendência Inclusiva
- 4 de set. de 2018
- 2 min de leitura
A síndrome de Down (SD) é uma alteração genética causada pela triplicação do cromossomo 21, o que traz consequências, como atrasos no desenvolvimento. Estar diante de uma pessoa com síndrome de Down é saber que ela é como qualquer um de nós: tem pontos fortes e fracos, tem dias bons e ruins, prefere uma coisa em vez de outra e, SIM, tem opinião própria. E, assim como qualquer outra pessoa, é única. Logo, a individualidade deve ser levada em consideração sempre, inclusive durante a estimulação.
No desenvolvimento de qualquer criança, há marcos de aquisição de determinadas habilidades. Muitos deles são descritos, ou seja, previsíveis, e, portanto, esperados pelos pais.
Alguns exemplos são o primeiro sorriso, levar as mãos e os pés à boca, dentre outros. A ilusão de que uma criança com deficiência não passará por grande parte dessas fases, faz com que as pessoas que convivem com ela a subestimem e, consequentemente, deixem de estimulá-la. O que pode atrapalhar a progressão dela.
Logo ao nascer, o bebê é bombardeado de estímulos naturais que permitem que o avanço global aconteça.
Os que nasceram com a síndrome não são diferentes. É comum, já nas primeiras mamadas, banhos, brincadeiras e em outros momentos, os pais conversarem com a criança, convictos de que ela poderá entender tudo. E, sim, ela pode. Nas crianças com SD não é diferente, elas também têm essa compreensão. Esse estímulo é, inclusive, extremamente importante para o desenvolvimento da fala e da linguagem de qualquer um.
Essa evolução acontece de forma gradativa e se dá através de trocas com o meio que cerca a criança.
Quando subestimamos uma pessoa, as trocas acabam sendo pobres, prejudicando a qualidade do desenvolvimento. Conversar com o bebê é fundamental para o processo de aprendizado de fala e linguagem dele.
O atraso nessas áreas é comum nas crianças com síndrome de Down. Qual é o fator primordial para isso?
Ainda não temos uma resposta exata, afinal de contas estamos diante de pessoas. E cada uma reage de uma forma diante dos estímulos. Mas é fato que todos nós, quando inseridos num ambiente onde acreditam em nosso potencial, correspondemos às expectativas.
Então, ficam as perguntas: estamos dando oportunidade para o desenvolvimento das crianças que estão ao nosso redor? O que temos feito para isso?
Na próxima edição, aprofundaremos nas análises sobre a importância de conhecer as peculiaridades das pessoas com síndrome de Down e como essas particularidades podem interferir no desenvolvimento global desses indivíduos.
Não percam!!!

Débora e seu filho Miguel

Cínthia Azevedo é fonoaudióloga (CRFa-3315), tem experiência em Apraxia de Fala na Infância. Possui formação em síndrome de Down pelo CEPEC\SP e formação nos métodos SPEECH-EZ e PROMPT ( nível I) – Prompt Institute – EUA. É autora do método MultiGestos – treino para Apraxia de Fala na Infância.
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