SÍNDROME DE DOWN - NORMAL É SER DIFERENTE
- Tendência Inclusiva
- 21 de mar. de 2016
- 2 min de leitura

O sonho de ter filhos faz parte dos planos de muitos casais, porém toda gravidez tem suas surpresas. Muitas vezes, durante a divisão celular ocorrem anomalias genéticas e esta gravidez pode levar alguns pais ao desespero. Primeiro pelo desconhecimento, depois pelo preconceito que se carrega.
Uma dessas anomalias é a Síndrome de Down. Descrita a primeira vez por Langdon Down, no ano de 1866, em artigo publicado no London Hospital Reports.
Durante décadas a Síndrome de Down foi encarada como uma doença, o que na verdade não é. Ela consiste em uma alteração dos cromossomos, ou seja, existe um cromossomo a mais, que por sua vez determina as características físicas destes indivíduos.
Por ser considerada uma doença e pela desinformação, durante anos as famílias que recebiam um filho com SD, normalmente os escondiam por serem diferentes e, em alguns casos, os colocavam em manicômios. Eram tratados como incapazes e por isso separados da sociedade.
Com o passar dos anos e com o desenvolvimento dos estudos, percebeu-se que as pessoas com esse cromossomo a mais eram capazes de viver em sociedade e, desde que estimulados, podiam ter uma vida normal como qualquer outra pessoa.
Ainda hoje no século XXI, há muito preconceito, simplesmente pelo fato das pessoas ignorarem a capacidade que os indivíduos que possuem Síndrome de Down carregam.
Aos poucos, escolas inclusivas começaram a receber alunos com SD, depois eles ganharam o mundo e começaram a ser inclusos, e com a inclusão vieram os avanços. São alfabetizados, em um tempo maior por suas limitações, mas sim, eles podem aprender o que lhes for ensinado.
Por causa da luta de muitos pais- que não aceitaram esconder seus filhos diferentes e os levaram para ver e viver o mundo-, aconteceu o que hoje vemos: jovens com SD sendo atores e atrizes, dançarinos, modelos, empresários. Contrariando o que a sociedade previu: de que seriam incapazes para sempre.
Eles são diferentes sim, tem um coração enorme, uma doçura na alma, que nos ensina a viver. Mostram que são capazes e que seu lugar no mundo pode ser conseguido com seu próprio esforço e pelo incentivo de mães e pais guerreiros que não desistiram.
Preconceito? Sempre haverá, pois a sociedade sempre repudia o que é diferente, não só por suas limitações, mas por suas características físicas.
Mesmo assim, eles conseguiram provar que são especiais não só na aparência, mas são especiais na vida de quem os tem como familiar, como amigos. Se amam, amam de verdade e se doam por inteiro. São felizes com suas limitações, porque ser diferente é ser normal.
Gelzimar Borges
Revisão: Sílvio Carvalho

Laise tem Síndrome de Down, é modelo inclusivo e filha de Gelzimar Borges.
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