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EXPRESSÕES INDIVIDUAIS OU CÓPIAS MIDIÁTICAS?

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 25 de jun. de 2015
  • 2 min de leitura

Hoje em dia muito se fala em estilo pessoal, em usar o que se gosta, em expressões individuais ao se vestir, afinal de contas, a moda está democrática, seja nos estilos ou nos preços.

Não temos mais aquilo que foi nos séculos passados, onde existia uma maneira quase única de se vestir. Tanto que, basta conhecer um pouco de história da moda, para saber de qual época era tal traje.

Olha só esse vestido ao lado, original de época, pode até não ter sido a única modelagem daqueles anos, mas sabemos claramente que foi usado na década de 1920, e que dificilmente um espartilho (indispensável em décadas anteriores) seria usado nesses anos melindrosos, que caminhavam rumo à liberdade e conforto no vestir.

Atualmente, tudo é usado, tudo pode, praticamente nada de novo é criado há anos, a não ser em tecnologia de tecidos, mas modelagens que marcam um tempo, pouco são vistas.

Então, voltando à expressão individual, gostaria de levantar aqui um questionamento: será que, o que vemos as pessoas vestirem, na sua maioria, é realmente o estilo delas?

Se olharmos com lentes de aumento, o que vemos mesmo são pessoas vestindo cópias de blogs de moda, onde it girls mostram roupas, muitas vezes, não usáveis por pessoas “normais”, pelo simples fato de terem estilos de vida incompatíveis.

Exemplo: os tais sapatos meia pata. Tudo bem, que é questão de gosto e não estou falando disso aqui. Quero abordar a dificuldade que é caminhar com “aquilo” pelas ruas esburacadas, pelas ladeiras de cidades como Belo Horizonte, na chuva, ao entrar e sair de carro ou mesmo de ônibus. Nada prático. Nada real, para uma pessoa real e de vida “normal”.

E eu poderia continuar dando exemplos, como as saias e blusas curtíssimas (penso nas moças subindo no ônibus ou trabalhando), como a roupa justa que mal dá para respirar, a maquiagem de pop star, etc. Repito, não estou falando de gosto e sim de praticidade na vida cotidiana.

Vamos combinar que a vida do dia a dia é outra, diferente dos blogs, das revistas e das novelas.

E é aí que quero levantar um momento pensativo, um momento “fala sério!”.

Se estivermos realmente seguindo nosso estilo pessoal e nosso estilo de vida, ao invés de copiar o que a mídia mostra, seríamos mais autênticos, adaptando sim, inspirações interessantes da moda para a realidade, mas não sendo tão padronizados e cópias de alguém.

Só pra pensar, tá?

Só para instigar a autenticidade de ser você mesmo.

Beijos e até a próxima edição.


Foto tirada por Sil Rodrigues no Victoria and Albert Museum, em Londres.

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