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NÃO SOU SEU VILÃO

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 10 de fev. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de fev. de 2019



Uma notícia que li nas minhas férias e que achei bem legal: o Instituto de Cinema Britânico (BFI) não financiará filmes cujos vilões possuem cicatrizes. A campanha que eles incentivaram, #iamnotyourvillain do Changing Faces tem o objetivo de não estigmatizar ainda mais as pessoas que possuem cicatrizes ou diferenças faciais. E o Instituto convida toda a indústria cinematográfica a fazer o mesmo. Um exemplo famoso é o Coringa de Heath Ledger em Batman. #nãosouseuvilão


Coringa de Heath Ledger em Batman

A matéria que li e que infelizmente não a salvei, trouxe, inclusive, uma reflexão de uma profissional de como todo o cenário cinematográfico pode se modificar muito quanto a isso. Disse que os vilões serão associados de acordo com o caráter. Os filmes terão que ser mais elaborados quanto à descrição e caráter do vilão. A iniciativa do Instituto de Cinema Britânico também foi de doar para um futuro filme sobre uma mulher que reconstrói a vida depois de sofrer um ataque com ácido. É bem interessante imaginar como tal atitude pode influenciar profundamente as novas gerações.


Fico pensando em personagens famosos também da literatura. “O fantasma da Ópera”, “O corcunda de Notre Dame.”. Será que essas obras permanecerão pelos tempos como clássicos ou futuramente a garotada dirá: “que horror! As gerações antigas julgavam caráter por alguma cicatriz.” E seremos vistos como seres bárbaros e não civilizados.


Eu sempre faço esse exercício de imaginação desde que uma professora de português que tive um dia disse: “Um dia as gerações novas vão falar com horror dos antepassados que faziam empregadas domésticas dormirem em um cubículo, e que muitas vezes dormiam no serviço, vão se horrorizar com a própria engenharia de como eram feitos esses quartos.” Ela me colocou essa “pulga” atrás da orelha. Sempre nos vemos como seres civilizadíssimos, mal sabendo o que o futuro aguarda. Que seja um futuro brilhante, com pessoas com outra cabeça.


Amém!


A notícia: https://br.ign.com/cinema-tv/68833/news/instituto-britanico-nao-vai-apoiar-filmes-que-tenham-viloes






Lígia D'Agostini

Lígia Ríspoli D'Agostini é formada em jornalismo, especialista em Communication Brand e Comércio Exterior. Estudante de Direito. Poeta, com livro publicado pela Editora Chiado e blogueira quando sobra algum tempo. Além de tudo, possuí perda auditiva. Como tudo na vida de pessoas especiais e diferentes, lutar e resistir é um ato diário!


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