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O PODER DAS ESCOLHAS ERRADAS

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 5 de fev. de 2019
  • 5 min de leitura

Atualizado: 12 de fev. de 2019


A todo momento somos estimulados a realizar planos e conquistar sonhos. Seja no trabalho ou na vida pessoal, as conquistas e realizações estão sempre no topo das nossas prioridades, o que nos leva a uma questão muitas vezes difícil e em alguns momentos dolorosa com a qual temos que lidar: as escolhas.

Escolhas são, antes de mais nada, os principais caminhos que nos levam a cada conquista. Se olharmos esta questão a fundo, vamos perceber que fazemos escolhas o tempo todo e desde sempre.

Quando um bebê decide por si só arriscar-se a dar seus primeiros passos, mesmo que sem a consciência clara, houve uma escolha, e assim é a cada momento da vida. Assim, se entendemos isso, porque às vezes é tão difícil fazermos escolhas?

Pode parecer que não, mas a razão é simples: escolher é difícil porque cada escolha implica em erro ou acerto.

Pense comigo. Quantas escolhas erradas você já fez na vida?

Eu posso dizer que já fiz várias, inclusive uma delas muito recente, que acabou me colocando em uma situação completamente oposta àquela que eu vinha vivendo.

Sim. Completamente oposta.

Se você acompanhou meus artigos anteriores, deve ter lido sobre a minha trajetória recente. Pois bem, o medo de encarar de frente a vulnerabilidade na qual eu vinha vivendo me levou a fazer uma escolha, e eu confesso que apesar de ainda ser muito recente, já comecei a sentir que não foi uma boa escolha. Enfim, que atire a primeira pedra quem nunca passou por isso.

Entre momentos de angústia, tristeza e completa descrença de que essa escolha poderia me levar a algum lugar melhor, vinha sendo estimulado, sem perceber, a fazer um novo mergulho. Um mergulho nas escolhas erradas.

Dentre muitas coisas que tenho descoberto, uma delas é quanto a partícula “se”. Sim, as escolhas erradas só se tornam claras quando vem atreladas à partícula “se”. Se eu tivesse escolhido outro caminho, se eu tivesse terminado antes, se eu tivesse arquivado o documento, se eu não tivesse dito aquilo. Enfim, uma sucessão de “ses”. Por isso, caso assim como eu você também esteja nessa situação, minha primeira dica é: acalme-se.

Ao me acalmar e deixar a mente um pouco mais tranquila, identifiquei algo que considero uma grande notícia e, talvez, a mais importante sobre uma escolha errada: ela não precisa durar para sempre.

Infelizmente, muitas pessoas não entendem isso e passam grande parte da vida remoendo seus erros e se punindo por conta deles, mas não precisa ser assim. Sabe por quê? Porque todo erro, por pior que seja, traz consigo algo que precisamos vivenciar. Não é papo de auto ajuda. É fato!

Refletindo e estudando sobre isso, tenho compreendido que posso “desescolher”. Entender isso me colocou um pouco mais no eixo e me deu um grande alívio.

Outra coisa que também percebi é que muitas vezes por medo de uma escolha errada, terceirizamos a escolha e deixamos que o outro decida por nós, ou optamos por não escolher nada, sem pensar que quando agimos assim já fizemos uma escolha: a de não nos comprometermos.

Se você, assim como eu, fez uma escolha errada, entenda que isso faz parte. Correr riscos faz parte da vida. Pode ser que não dê certo, é verdade, mas, pelo menos você tentou fazer o que acreditava ser o melhor.

Além disso, é através dos erros e dos acertos de nossas escolhas que conseguimos aprender, pois podemos tentar fazer de novo, de outra forma no futuro, e é isso que constrói a história de cada um de nós.

Mais uma vez eu digo: não se trata de auto ajuda.

De acordo com Neurocientistas da Universidade de Buenos Aires, na Argentina, nosso comportamento e nosso psicológico flutuam ao longo do dia. Segundo eles, o melhor período para fazer escolhas é durante a manhã ou logo depois de acordar (se você acordar às 14h , por exemplo, não tem problema. Este será o seu melhor período).

À medida que o dia passa, as decisões se tornam mais complicadas e tendemos ao erro. Os pesquisadores realizaram um estudo que examinou mais de 1 milhão de decisões tomadas durante uma partida do Campeonato Mundial de Xadrez, que aconteceu em Nova York, em um banco de dados on-line.

Eles avaliaram o tempo de tomada de cada decisão e qual a utilidade delas visando a vitória. Os resultados demonstraram que os melhores jogadores demoravam mais em cada jogada e eram mais cuidadosos pela manhã, ou logo depois que acordavam, tomando as melhores decisões.

À medida que anoitecia, ou que o dia ia passando, as escolhas iam ficando menos efetivas. Isso porque, segundo os cientistas da pesquisa publicada no periódico científico Cognition, o corpo vai se cansando ao longo do dia e a necessidade de dormir faz com que a qualidade das nossas escolhas sejam afetadas. O cérebro dita uma forma de tomar decisões apressadas, não importa o quão concentrados acreditamos estar. Por isso, algumas dicas para tomar boas decisões podem ajudar ainda mais. Pense no seguinte: o que você irá escolher? Irá influenciar qual área da sua vida? Em qual situação? Essa escolha implica consequências a outras pessoas? Essa escolha é plausível? Invista tempo pensando sobre os ganhos da sua escolha. Pergunte-se: o que você ganhará com esta escolha? Descreva os benefícios que receberá. Essa será sua principal motivação para realizar a escolha mais sábia.

Defina quais são as atitudes que você deve adotar para que sua escolha seja assertiva. Vencer é uma questão de preparo e as escolhas fazem parte disso. Isso vale para qualquer escolha, desde aquele impulso de comprar algo novo, até questões que envolvam aspectos mais profundos da nossa vida pessoal ou profissional. Neste momento eu começo a perceber que há possibilidade de tirar proveito da escolha que fiz.

Ciente de que esta escolha não precisa durar para sempre, tenho tentado ver o lado bom desta experiência e do que posso aprender com ela, o que tem feito com que eu deixe a ansiedade, a angústia e a culpa de lado, pelo menos em alguns momentos, e tem me proporcionado momentos novos, e porque não dizer, certos.

Se você ainda não escolheu levar ou não este texto para sua vida, deixo aqui uma frase de um autor desconhecido que pode te ajudar: “Às vezes são escolhas erradas que te levam ao rumo certo.”

Pense nisso!


Imagens retirada da internet



Rodrigo Anunciato



Rodrigo Anunciato atua há mais de 20 anos na área de Recursos Humanos com foco em projetos de Treinamento & Desenvolvimento para os mais diversos segmentos da indústria, varejo, atacado e serviços, é coautor do livro “A transformação dos negócios na Omniera”, além de Consultor e Palestrante".


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