ESPONJA OU FILTRO?
- Tendência Inclusiva
- 26 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
Nascemos com muitas questões que envolvem nosso desenvolvimento. Somos cobrados, culpados desde tenra idade e, com certeza, a forma como registramos cada etapa da vida fará uma diferença em nossa vida emocional.
Em geral, as pessoas aprendem a ser esponja, portanto, recolher, absorver e acumular faz parte das interações e muitas vezes somos ceifados de externar o que pensamos ou sentimos.
Culturalmente somos criados a não dizer: Não. Algo que está em nosso inconsciente e sinaliza que somente assim seremos aceitos, bem vistos, amados e valorizados. Uma verdadeira esponja.
Ser esponja tem muitas consequências emocionais e a principal é o impedimento de ser você mesmo. Pode gerar medo de se posicionar e até aceitar o que não concorda.
Ser esponja torna as pessoas melancólicas, desanimadas e com certa apatia. Doenças psicossomáticas podem romper e a depressão pode ser uma convivência presente e duradoura.
Em muitos momentos precisamos sim absorver e só observar, mas não pode ser constante em nossos ciclos vivenciais. Uma esponja prevalente adoece e apodrece por dentro.
O filtro também absorve, recolhe as impurezas, mas o diferencial está em FLUIR.
Retirar o que não precisa para que possa fluir leve e mais purificado. Ser Filtro é algo sábio, com ponderações e constatações de como e onde deixar seguir o que realmente importa para que possamos ter menos doenças, menos acúmulos e sujeiras internas.
O filtro conduz disposição, alegria, paz interior e a redução da culpa inconsciente. Já vivemos num mundo que busca o tempo todo por culpados. Imagine ainda recolher e absorver estes processos sem deixar fluir? Com certeza sobrará um terreno inóspito e hostil por dentro.
O processo para deixar de ser somente esponja e transitar para o filtro demanda tempo, disposição, esforço, autoconhecimento e o desejo de fluir numa vida mais serena, suave e feliz. Não é impossível, exige um mergulhar dentro de si e assim promover a mudança da chave psíquica.
Te convido a refletir, olhar sua postura diante da vida e se perguntar o quanto sou apenas esponja? Como posso tentar modificar e caminhar para um filtro?
Vale a pena a metáfora e a disposição de se colocar de frente consigo mesmo e agir. Seja mais filtro e menos esponja!


Angélica Falci é Psicóloga Clínica, Especialista em Saúde Mental/ Psicopedagogia. Foi gestora de Recursos Humanos na empresa SemeaRH, realizou atendimentos públicos na área de Saúde Mental e atualmente atende em clínica particular. Articulista de Revistas realiza seu trabalho em prol de um melhor trânsito a vida.
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