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ACADEMIA X DEFICIÊNCIA FÍSICA

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 4 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

É inegável que fazer exercícios é fundamental para a reabilitação física e psicológica de quem tem limitações físicas.

Fazer musculação melhora a consciência corporal, ajuda na postura, fortalece os membros superiores e inferiores - para quem tem preservado alguns movimentos - e melhora muito a estabilidade do tronco, além de ajudar a prevenir lesões.

Em Belo Horizonte/MG, ao contrário de outras grandes capitais, ainda faltam academias que adaptem aparelhos para pessoas com deficiência. Pode-se perceber desde a ausência de equipamentos até a falta de contratação de profissionais capacitados para atender os alunos com limitações, porém não foi esta falta de acessibilidade que impediu a aficionada por musculação Mirian Barsanti de frequentar academias.

Para Mirian, paraplégica apaixonada por esportes, principalmente natação e musculação, esportes estes que ela já fazia antes de se acidentar, voltar a frequentar academias é mais do que se exercitar, é reencontrar sua paixão por um ambiente que faz bem física e psicologicamente. “Sempre fui nadadora. Dos cinco anos aos 15 anos nadava duas vezes ao dia e tinha preparação física assistida pelo professor Thibau três vezes por semana fazendo musculação“, diz Mirian.


Em suas idas à academia de ginástica, Mirian Barsanti, atualmente, junto com a fisioterapia, paga seu “personal trainer” duas vezes por semana para não correr riscos de lesões sérias que ocorrem sem um profissional preparado, seja um técnico ou um fisioterapeuta, para lidar com a sobrecarga de peso e exercícios aeróbicos mal administrados, por isso é sempre importante uma avaliação médica criteriosa.

Mas como o custo de manter um personal diariamente é alto, nos demais dias conta com o apoio de técnicos que seguem o treino planejado por ele.

Neste ambiente de corpos perfeitos e culto à beleza, pode parecer estranho uma pessoa com deficiência se sentir confortável e foi quebrando preconceitos que Mirian encarou, com conselhos de fisioterapeutas e professores de educação física, a volta para academia.


Apesar desses espaços ainda não estarem preparados para pessoas com deficiência, existem profissionais que adaptam os treinos com dedicação, profissionalismo e muito carinho. É este respeito às diferenças que fortalece a vontade e faz com que cada dia mais pessoas com deficiência procurem uma academia de ginástica.


Adriana Buzelin

Adriana Buzelin é criadora e editora da Revista Digital Tendência Inclusiva, Produtora do Programa Viver Eficiente, Coordenadora da Secretaria do PV Mulher do Estado de Minas Gerais e de Direitos Humanos e Diversidade do Partido Verde de Belo Horizonte. Cursou relações públicas, produção editorial e design gráfico. Modelo publicitária antes de se acidentar, hoje faz parte da agência de modelos inclusivos Kica de Castro. É a primeira mergulhadora tetraplégica mineira registrada pela HSA. Adriana luta pela inclusão social, pela diversidade em todos seus aspectos, pelas mulheres e pela aceitação das diferenças.

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