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LINGUAGEM E LITERATURA

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 20 de set. de 2017
  • 1 min de leitura

Eu escrevo livros infantis às vezes. Em algumas delas eu inclusive faço isso junto com crianças. Escrevi um livro (meu mais recente) com minha filha e foi incrível. Discutimos a história, criamos juntos, era um momento quase de comunhão. Outro, escrevi com 10 crianças da Casa da Santíssima como resultado da minha incapacidade de entretê-las simplesmente lendo histórias. A energia do grupo como um todo era física demais para simplesmente ficarem sentados escutando um cara ler pra eles. Resolvi que eles precisavam agir. Criamos um processo e escrevemos um livro juntos. A energia mudou. Ficaram ocupados em votar as ideias, sugerir, convencer o outro. Reconheceram algo diferente neles mesmos. Minha filha e essas crianças eram ao mesmo tempo iguais e muito diferentes. E convivemos pouco com crianças que não sejam nossos filhos para perceber isso. Um corpo na escadaria ao caminho da escola não é cotidiano, mas não é raro. Já viram algumas vezes. O não ter e o perder moldam uma personalidade diferente do ter e o escolher. Pensar crianças é pensar mundos. É descobrir semelhanças e diferenças enormes. E se conseguirmos mantê-las crianças por mais tempo, evitar que a infância lhes escape com um golpe seco, fizemos algo pelo mundo. Muitas vezes basta chegar perto e saber olhar.


Sophia Comelli e Maurilo Andreas

Sophia Comelli e Maurilo Andreas: filha e pai, autores do livro "O Fantástico Arroz de Filomena"


Maurilo Andreas é escritor formado em publicidade, envolvido em projetos sociais e culturais, e um aprendiz da tolerância e do respeito com um longo caminho pela frente.

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