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Os SONHOS revelam...

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 7 de set. de 2017
  • 3 min de leitura

Os sonhos são objetos de estudo da ciência Psicológica e aprofundado há muitos anos por muitos estudiosos da complexidade mental.

Não são considerados de forma mística, do tipo: “Sonhei com isso = quer dizer aquilo”, como algo mágico e racionalizado para todas as pessoas que sonham a mesma coisa.

O sonho tem a ver com os registros de cada pessoa, com seus eventos e traumas. Podemos dizer que é o fio condutor do inconsciente de cada um e surgem com suas lembranças diurnas emboladas com as formas oníricas bizarras e complexas, mas que sempre vem dizer algo sobre si mesmo.

Muitas vezes podem vir como um recado daquilo que a pessoa não está conseguindo ter uma plena consciência. Portanto, muito enriquecedor quando alguém consegue lembrar detalhes e ainda participar seus sonhos em seu momento terapêutico.

Muitos dizem que não sonham, pois não lembram, na verdade sonhamos todos os dias e aqueles que não se lembram são pessoas que apresentam forte mecanismo de autodefesa e recalcam muito rápido os conteúdos oníricos por diversos motivos, até mesmo por não querer mexer em produtos do inconsciente.

Segundo Jung (1875-1961) o sonho representa simbolicamente a situação do inconsciente atual da pessoa, fornecendo um autorretrato espontâneo e de grande importância na terapia.

Alfred Adler (1870-1937) contemporâneo de Freud salientou o complexo de inferioridade e superioridade, como elementos centrais da personalidade humana. Segundo ele estes aspectos se expressam nos sonhos das pessoas.

Quando dormimos inicia-se um ciclo de quatro etapas que se renovam várias vezes durante a noite. É durante o terceiro estágio, chamado REM (movimento rápido dos olhos) que sonhamos.

O sonho tem funções de compensação e de reorientação.

Por exemplo: Um problema para resolver, toma uma decisão durante o sono e, no dia seguinte, acorda com outro sentimento com aquela questão. Mas, entretanto, um sonho interveio e sugeriu outra orientação. As vezes fica confuso o entendimento sobre componentes estranhos e que diferem do que vive, mas sempre tem um simbolismo do que precisa compreender sobre suas questões.

Sobre os sonhos recorrentes podemos dizer que são alertas do inconsciente quanto à necessidade de resolver algo interno com intensa repercussão externa. É a forma do: “olhe para si”, pela via inconsciente de enfatizar um problema não resolvido.

Trata-se de um padrão de comportamento não superado, uma situação que está sendo repelida ou algo que necessita ser aprendido. Quando isso ocorre, a pessoa terá sonhos contendo sempre os mesmos elementos simbólicos. E é incrível, porque em geral surgem sonhos recorrentes em momentos onde a pessoa está passando por algo persecutório e/ou aflitivo. Quando se encontra em situações de estresse e/ou diante de algo perturbador. Alguns relatam inclusive sonhos que vão retornando como se fossem capítulos de um filme, que implicam a necessidade de se tomar uma resolução. Sair de cima do muro.

Os sonhos são enigmáticos, rompem o tempo através dos estudos neuropsicológicos. São ricos por serem reveladores dos processos sublimados por características traumáticas ou não.

A verdade é que os registros vivenciais estão lá, tudo lá, armazenados de forma surpreendente em seu inconsciente. O acesso nem sempre é fácil, mas para aqueles que se esforçam para analisar podem descobrir caminhos velados jamais pensados de forma consciente. Muitas chaves estão em nossos sonhos oníricos.


imagem retirada da internet


Angélica Falci

Angélica Falci é Psicóloga Clínica, Especialista em Saúde Mental/ Psicopedagogia. Foi gestora de Recursos Humanos na empresa SemeaRH, realizou atendimentos públicos na área de Saúde Mental e atualmente atende em clínica particular. Articulista de Revistas realiza seu trabalho em prol de um melhor trânsito a vida.

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