SAIA DESTE LUGAR!
- Tendência Inclusiva
- 19 de jul. de 2017
- 2 min de leitura
Estamos habituados a escutar desde nossa infância: “Fulano é coitado; ela é assim e não muda, coitadinha dela...”
O termo coitado é muito mencionado em nossa cultura e as pessoas não imaginam o poder destruidor da vida psíquica relacionado a este termo.
Muitas famílias formam verdadeiros coitados com seu excesso de proteção, pois ao colocarem alguém em uma espécie de bolha protetiva, formam pessoas sem bom senso, com transtornos de dependência e com ínfimo desenvolvimento do próprio potencial. Em geral, ficam aquém do ponto de vista emocional e intelectual, ou seja, muitos se tornam infantilizados e incomodadores.
É verdade que algumas pessoas apresentam algum tipo de limitação, mas os que continuam produtivos mesmo com certas dificuldades, em geral abominam este termo. Não aceitam este lugar.
E como explicar pessoas dentro de uma capacidade física e mental como “coitados”?
Na realidade essas pessoas foram colocadas neste lugar por alguém de sua família ou de sua criação e assim passam a acreditar neste lugar como verdadeiro. Se tornam em grande maioria inseguros, sem tomada de decisões, dependentes e muitas vezes sugadores do tempo, disposição, dinheiro e energia vital alheia. Pontuam o outro como único responsável por sua existência e ele por ser um “coitado” não sem implica e nem se responsabiliza por sua vida e muito menos fará algo para o seu crescimento pessoal.
Será um registro do tipo: “Sou um coitado e façam por mim”.
Portanto, se torna algo muito grave e relevante pensarmos em certos registros quando educamos filhos.
Pense sempre no lugar que você está referenciando o outro.
Muito importante lembrar dessas questões e focar no favorecimento do potencial. Sempre encontre reforços positivos no oposto de termos fortes e depreciativos. Infelizmente muitos fixam neste lugar. Não progridem. Paralisam.
Não considere alguém com inteligência normal e capaz de tomar suas próprias decisões como "coitadinho" diante de alguma dificuldade que ele enfrente ou que a vida naturalmente produz.
Se encontrar pessoas assim pelo seu caminho ajude-as a enxergar o quanto este lugar é nocivo. E se você identificar, lute para sair deste lugar.
Saia deste lugar e descubra o quanto você pode fazer, pensar e buscar para o seu próprio Bem. Não aceite ser um Coitado. Tem vida além deste rótulo.


Angélica Falci é Psicóloga Clínica, Especialista em Saúde Mental/ Psicopedagogia. Foi gestora de Recursos Humanos na empresa SemeaRH, realizou atendimentos públicos na área de Saúde Mental e atualmente atende em clínica particular. Articulista de Revistas realiza seu trabalho em prol de um melhor trânsito a vida.
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