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O QUE É FEMINICÍDIO?

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 6 de dez. de 2016
  • 3 min de leitura

Feminicídio uma palavra muito usada atualmente, com um peso gigantesco em nossas vidas e na sociedade, mas será que estamos dando a real atenção para tanta violência ou nos sentimos incomodadas e logo esquecemos?

Vamos primeiro elucidar o que é feminicídio para depois refletirmos sobre tal questão, haja vista que o tema também é novo, usado com freqüência devido a tantas mortes que vimos na mídia, nos trazendo dor, mortes brutais pelo fato de serem mulheres, porque essa banalização e ódio contra a mulher? Será que tem uma explicação?

O feminicídio se configura quando é comprovada as causas do assassinato, devendo este ser exclusivamente por questões de gênero, ou seja, quando uma mulher é morta simplesmente por ser mulher.


imagem retirada da internet

Lucia Perez, uma jovem de 16 anos, Argentina que morava em Mar Del Plata, foi estuprada, empalada por homens que em nenhum momento pensou na sua dor e se ela queria passar por aquela monstruosidade. Este caso abalou a América Latina levando milhares de mulheres de todas as idades, crenças religiosas e raças em frente à Casa Rosada para um protesto.

De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nos últimos anos pelo menos 50 mil mulheres foram mortas no Brasil, sendo os assassinatos enquadrados como feminicídio. O estudo ainda aponta que 15 mulheres são assassinadas por dia no país, devido a violência por gênero. (www.significados.com.br/feminicidio)

Muitas mulheres que sofrem estupro não chegam ir às Delegacias fazer as denúncias por vergonha, medo da recriminação social e familiar, em contrapartida as que chegam ir, fazem todos os procedimentos e acabam não dando andamento pelos mesmos motivos. Situações de mulheres vividas bem próximas a nós, e não as estimulamos em buscar justiça, deixamos de apoiá-las, porque caímos no senso comum de julgar as atitudes como se fossemos melhores do que elas.

Torno a dizer, mais sororidade, mais solidariedade, pois amanhã alguma de nós poderá sofrer a mesma violência e necessitaremos de uma Rede de Proteção para nos auxiliar.

Entendo que a mulher sempre sofreu todo o tipo de violência, mas não se falava e socialmente era aceito, porque não era problema nosso, hoje vimos com outros olhos, mas a sociedade teima em nos infantilizar, prostituir, denegrir, julgar, barbarizar, repelir, forçar em nos casar e ter filhos e se for mãe tiram nossos direitos de reclamar e odiar a maternidade, mesmo porque somos educadas a não reclamar, pois é pecado.

Lendo toda a movimentação das mulheres argentinas, deveríamos nos unir a esse movimento legitimando-o, pois a dor delas também é a nossa, a execração das Lúcias, Marias, também acontece com todas nós, então não entendo o que falta para que seja uma luta universal e não no quintal das nossas vizinhas.

Falta coragem? Vontade? Sororidade?

Até nosso próximo encontro!!!


Márcia Gori é Bacharel em Direito-UNORP, Presidente-fundadora da Ong “ESSAS MULHERES”, Idealizadora da Assessoria de Direitos Humanos - ADH Orientação e Capacitação LTDA, Ex-presidente do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência - CEAPcD/SP 2007/2009, ex - apresentadora do Programa Diversidade Atual no canal 30-RPTV, ex-Conselheira Estadual do CEAPcD/SP 2009/2011, ex-Presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de São José do Rio Preto/SP 2009/2012. Idealizadora do I Simpósio sobre Sexualidade da Pessoa com Deficiência do NIS – Núcleo de Inclusão Social da UNORP, Seminário sobre Sexualidade da Pessoa com Deficiência na REATECH 2010 a 2015, co-realizadora do I Encontro Nacional de Políticas Públicas para Mulheres com Deficiência em 2012, capacitadora e palestrante sobre Sexualidade, Deficiência e Inclusão Social da Pessoa com Deficiência, modelo fotográfico da Agência Kica de Castro Fotografias.

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