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SÍNDROME DE BURNOUT - Não queime a si mesmo.

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 9 de out. de 2016
  • 3 min de leitura

Estamos vivendo um momento de vida muito exaustivo e com exigências que estão adoecendo as pessoas.

Não estamos vendo pessoas produtivas estáveis e bem sintonizadas com suas escolhas. O que está muito aparente além do estresse é a evolução dos sintomas que não tratados são bombásticos para o nosso desenvolvimento.

Você já ouviu falar sobre a Síndrome de Burnout?

Tentarei esclarecer neste artigo alguns de seus parâmetros.

Burnout no inglês significa: Burn / out > queimar o exterior ou queimar por completo. Termo denominado pelo Psicanalista Freudenberger no início dos anos 70.

Uma pessoa diagnosticada com Burnout, melhor conhecido como Esgotamento Profissional Profundo, traduz diversos sintomas que apresentam sofrimento físico e psicológico com muitos aspectos envolvidos ao mesmo tempo. Afetam profissionais de todas as áreas, dentre estes da saúde, da segurança pública, da educação, do setor bancário, imobiliário, jornalistas, advogados e até mesmo estudantes.

Foram considerados doze os estágios de Burnout:

  • Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz

  • Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo absoluto);

  • Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;

  • Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;

  • Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da autoestima é o trabalho;

  • Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;

  • Recolhimento e aversão a reuniões (recusa à socialização);

  • Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor);

  • Despersonalização (evitar o diálogo e dar prioridade aos e-mails, mensagens, recados e outros);

  • Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;

  • Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido.

A síndrome do esgotamento profissional é séria e precisa de ajuda profissional assim que identificada. Os sintomas caminham para um colapso mental.

Dentre estes sintomas podemos ressaltar: dores de cabeça intensas e constantes, falta de ar, dores no peito, tremores, insônia, oscilações do humor, déficit na concentração, sentimentos da frustração, mudanças no apetite e problemas digestivos. A depressão será um aspecto que chegará após constante luta contra estes sintomas e sem a evolução positiva.

A pessoa quando chega na exaustão profissional já sinalizou um pedido de ajuda, mas muitas vezes não compreendida. Desta forma o que é colocado debaixo do tapete, em algum momento se torna perceptivo. Neste caso, a saída é explosiva e traz muitos desconfortos para a pessoa que sente e altera as relações pessoais, profissionais e familiares.

Nem sempre realizamos o que desejamos e muitas vezes a carga é pesada. Como dica: Avalie as estratégias e repense as rotas que são possíveis. Não deixe de avaliar o que sente e deseja. Não sucumbir ao sofrimento é o primeiro passo. Vamos sim colocar para queimar o que não é necessário e não o nosso potencial.


imagem retirada da internet


Angélica Falci é Psicóloga Clínica, Especialista em Saúde Mental/ Psicopedagogia. Foi gestora de Recursos Humanos na empresa SemeaRH, realizou atendimentos públicos na área de Saúde Mental e atualmente atende em clínica particular. Articulista de Revistas realiza seu trabalho em prol de um melhor trânsito a vida.

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