WORK O QUE?
- Tendência Inclusiva
- 27 de jun. de 2016
- 2 min de leitura
Ouvimos falar sobre o termo wokaholic. Mas o que significa de fato?
Vou tentar elucidar de forma que fique mais evidente sobre seu significado e intercorrências.
Com o aumento significativo das pessoas “viciadas” no trabalho, considero importante salientar sobre essa ocorrência de ordem mundial.
Por que aumentou tanto? Considero que as competições e exigências sempre existiram, mas não como agora, como nesta atualidade. As pessoas estão construindo barreiras diversas para se esconderem e uma delas chama-se: Perfeccionismo na execução laboral.
Estamos vivendo um tempo em que o erro é intolerável e receber críticas inadmissível, portanto, mais eu faço, mais eu antecipo, mais eu corro, mais eu busco e assim mais eu “pifo” e adoeço emocionalmente, pois na realidade temos um fisiológico perfeito, mas que precisa de pausas, de descanso, de relaxamentos e de outras atividades afim de evitar o colapso “fisioemocional”.
Eis aí uma geração que tem funcionado como máquinas, que se pudessem não dormiam e não parariam em momento algum; Pessoas viciadas, obsessivas em executar com maestria suas atividades profissionais e assim colocam em defasagem sua vida pessoal, afetiva, espiritual e demais áreas.
Um vício como outro e deixa como marca a profunda precariedade das relações afetivas, pois quem não relaxa e não tem tempo para pensar nas pessoas acabam desenvolvendo uma certa ausência de sentimentos, uma frieza e deslocamento exagerado para si mesmo. Uma necessidade extrema de ser elogiado e valorizado apenas no contexto laboral.

As questões pessoais se tornam secundárias, terciárias… E muitas vezes essas pessoas terminam num sofrimento solitário, pois fica insustentável competir com o vício, com essa compulsão, pois quem apresenta geralmente não consegue olhar sobre o mais importante na vida: seus relacionamentos, aliás, estes passam a não existir de fato e assim comprometem sua vida emocional/social.
Alguns não possuem finais de semana, não tiram férias, desprezam os compromissos sociais, não se interessam pela alegria e/ou dor das pessoas que conhecem.
Uma vida que passa a existir com objetivo único: Ser Promissor na execução de suas atividades”. E na verdade, muitos deles não conseguem ser planejados de verdade e obter resultados significativos, pois estão muito “embolados” emocionalmente e de uma forma que não enxergam.
Em geral, vivem ansiosos e preocupados, e nem esta sonhada excelência conseguem alcançar, pois a vida tem o tempo certo para todas as coisas.
Quando algo em excesso consumir sua vida, PARE, porque provavelmente cometerá muitos erros e a vida poderá cobrar logo ali na frente um ônus alto pela ineficiência de se organizar de forma que caiba todas as prioridades.
Pare, pense, respire e busque ajuda se a intensidade estiver além. Se você precisa do tempo acima das 24 horas e não tem tempo para cuidar de si e das pessoas importantes da sua vida; Eis o momento de refletir!

Angélica Falci é Psicóloga Clínica, Especialista em Saúde Mental/ Psicopedagogia. Foi gestora de Recursos Humanos na empresa SemeaRH, realizou atendimentos públicos na área de Saúde Mental e atualmente atende em clínica particular. Articulista de Revistas realiza seu trabalho em prol de um melhor trânsito a vida.
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