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O TEMPO E A PRESSA

  • Foto do escritor: Tendência Inclusiva
    Tendência Inclusiva
  • 27 de jun. de 2016
  • 3 min de leitura

Hoje me peguei pensando sobre a pressa, e a relação com o tempo.

Então é preciso raciocinar sobre o tempo.

O tempo é aquilo que dispomos para executar coisas produtivas, para o bem, para agir com justiça fazendo o que precisa ser feito, mas requer qualidade. Se não houver qualidade, que uso foi esse do tempo?

E aí entra a pressa.

Fazemos tudo com pressa. Correndo. Afoitos. É prazo daqui. Prazo dali. Prazo de lá. Mas, afinal, que tamanho temos? Aonde queremos chegar se estamos sempre ligados no automático?

Comemos rápido sem ao menos sentir o sabor do alimento. Tomamos café, ou suco, ou chá, e nem sequer temos ideia do gosto que sentimos, pois estamos focados em outras coisas. Escrevemos algo para alguém sem se importar na colocação das palavras. Respondemos acidamente a um questionamento, simplesmente porque estamos ocupados e temos pressa.

E é assim que a vida passa, e a gente não vê.

Precisamos resgatar a criança dentro de nós, pois é nela que reside a observação.

Imagine a cena: você morrendo de pressa e ter uma criança a seu cargo naquele momento. Experimente deixá-la num jardim, enquanto fica mandando mensagens em seu celular para alguém, afinal, o seu tempo vale ouro e nada pode ser mais urgente do que suas prioridades. Você está tão ocupado com o ritmo imposto pelo seu aprisionamento da pressa, que nem notará a reação dessa criança. Ela passeará pelas flores. Notará as folhas. Se houver vento então e ele balançar as folhas ela certamente sairá dançando com os braços abertos feito um “avião” para correr com o seu mais novo amigo: o vento. Não será difícil ela deitar no chão para observar como caminham as formigas. E se estiver se aproximando uma minhoca? Aí sim que ela fica focada no movimento meio torcido daquele bichinho e abrirá um belo sorriso. Mas você tem pressa, e não notou nada disso.

E sabe como isso se chama? Vida. Para degustar o viver é preciso respirar mais profundamente. É preciso notar o que ocorre ao nosso redor. É preciso meditar um minutinho que seja, diversas vezes ao dia. É preciso compreender que, quando partirmos dessa vida, tudo seguirá como está, sem a nossa presença, e que precisamos deixar aqui algo de bom, feito com amor e cuidado, para que lembrem da gente com carinho e saudade, e não como aquela pessoa que nem sabia aonde estava e o que fazia.

Quantas vezes nesse ano, no seu tempo apressado, você já dedicou alguns minutos do seu dia para perguntar a alguém em dificuldade “nesse momento o que posso fazer por você? ” E será que não fez porque não teve tempo, ou pelo medo da pessoa dizer que precisa disso ou daquilo e então você se sentirá mais sobrecarregado ainda?

É óbvio que temos prazos a cumprir, principalmente naquilo que envolve outras pessoas, e que estas também seus prazos que envolvem outras pessoas.

Mas uma coisa podemos fazer, e para isso não precisamos de tempo, e sim de atenção: vamos cuidar da qualidade do que fazemos.

Não é fácil, mas é perfeitamente possível.

E como tão sabiamente escreveu Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, em Odes:

“Para ser grande, seja inteiro. Nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe o quanto és, no mínimo que fazes. Assim, em cada lago, a lua toda brilha, porque alta vive.”

Que na próxima edição, eu os encontre em paz.


imagem retirada da internet


Krishnaya é Terapeuta Holística com especialização em Acupuntura, Auriculoterapia, Acupuntura sem Agulhas, Massoterapia com Especializações, Numerologia, Radiestesia, Mesa Radiônica Espiritual, Mestre em Reiki em diversos Sistemas, Medicina Tradicional Chinesa, Metafísica, Mantras e Meditação, além de outras formações dentro da área Holística, Alternativa e Complementar. Atua em atendimentos e Cursos Livres no modo online e presencial, além de palestras e Work Shops com Vivências de Coaching Holístico.

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